sábado, 25 de fevereiro de 2012

Conflitos conjugais: eles são prejudiciais para os filhos?

As discussões entre os casais, se realizadas de maneira construtiva, podem trazer resultados positivos para as crianças. Entenda:

 Você toma um cuidado enorme para nunca discutir com seu companheiro na frente do seu filho, certo? Talvez também se culpe toda vez que escapa uma pequena briga na presença da criança. Saiba que, ao contrário do que se pensa, um conflito pode não ser tão prejudicial assim para os pequenos.

Pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, avaliaram 235 famílias com crianças entre 5 e 7 anos durante três anos. Para o estudo, foi analisado o comportamento dos casais durante um conflito, e os cientistas classificaram os argumentos como destrutivo ou construtivo. O resultado da pesquisa sugere que é benéfico para a criança verem os pais resolverem os problemas construtivamente.

Mas existe mesmo algum benefício de as crianças verem os pais discutirem? Sim, desde que exista bom senso. Segundo Rita Calegari, psicóloga infantil do Hospital São Camilo (SP), há um senso comum de os pais nunca brigarem na frente dos filhos como forma de protegê-los, mas muitas vezes essa não é a melhor solução. “Se o clima entre o casal não está bom, as crianças vão perceber. Por mais que nada seja falado, elas sentem a distância um do outro, o silêncio, a mudança no clima da casa”, diz.

Quando os pais brigam, se a discussão for saudável, em que cada um expõe seu ponto de vista para chegar a um ponto em comum, sem agressões físicas ou ofensas dirigidas, ela pode agregar valores para a criança. Afinal, é no ambiente doméstico que ela aprende a se relacionar, a lidar com conflitos, frustrações e diferenças. “Os pais educam por meio do exemplo. Se a criança presencia uma discussão e depois vê os pais fazerem as pazes, se desculpando, ela entende que é normal ficar bravo e não concordar com outra pessoa, mas que é fundamental haver respeito”, afirma Rita.

Com isso, ela percebe que as relações humanas são permeadas por conflitos, mesmo entre pessoas que se amam. Isso elimina aquele estigma de que só briga quem se odeia.


Bom senso

A criança não precisa ficar assistindo às brigas dos pais como se estivesse numa sala de aula. É importante explicar para ela o que está acontecendo, e, principalmente, que ela não tem culpa alguma por aquela situação. “Os pais devem ser intérpretes para os filhos, mas nunca devem esconder”, diz Rita.

Além disso, não é tudo que deve ser falado na frente das crianças. Se esse tipo de conversa for inevitável, nunca peça para o seu filho sair da sala, por exemplo, para você e seu marido discutirem. São vocês que devem se retirar. “É importante dizer que os pais vão conversar, mas que ela pode entrar no quarto a hora que quiser”, afirma Rita.

É preciso maturidade. Discussão é diferente de uma guerra, que, se presenciada pela criança, pode gerar um sentimento de ansiedade e medo. Por isso, se perceber que o conflito chegou num nível em que você e seu marido perderam a capacidade de negociar, de entrar num acordo, é hora de ter um mediador entre vocês, seja um amigo, um parente ou um profissional.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Engravidar usando a tabelinha ...



Muitas mulheres utilizam a tabelinha como método contraceptivo, ou seja, a tabelinha como forma de evitar a gravidez. Porém, com a mesma tabelinha é possível você descobrir o momento em que seu corpo está ovulando e, assim, facilitar a gravidez.

Mas pra ter mais chances de engravidar, você precisa entender o seu ciclo menstrual e o processo reprodutivo dessa fase.

Como você deve saber, todos os meses você tem o período menstrual. Mas esse é apenas a parte visível de um processo que dura aproximadamente um mês e começa com a liberação de um óvulo.
Todos os meses o seu corpo se prepara para uma gravidez. O ovário libera um óvulo que fica disponível durante um tempo esperando por um espermatozóide. Neste período o seu tecido endometrial também se prepara. Ele fica mais grosso, aprontando o útero para receber uma ou mais crianças.

Se o espermatozóide não chega no período estimado, o corpo começa a se “desarmar”, e então vem a menstruação.

Basicamente este é o ciclo reprodutivo da mulher e a ovulação, que é a liberação do óvulo para a fecundação, acontece aproximadamente no meio do ciclo. É este o momento que você deve investir para engravidar.


Mas como saber o momento certo da ovulação?


A resposta é simples: com a tabelinha. Mas existem outras formas de saber, por exemplo, o corpo dá algumas dicas de que você está pronta. A temperatura do seu corpo sobe ligeiramente (cerca de meio grau). Você também sentirá que está mais propícia a fazer amor com seu marido.

Tabelinha


A tabelinha é basicamente um calculo que você faz junto com o calendário. Para criar o seu próprio calendário de ovulação, você deve somar 14 dias partindo do PRIMEIRO dia da sua última menstruação. Mas estamos aqui considerando um ciclo de 28 dias. Se o seu ciclo for de 29 dias, você deve somar 15 dias; se o seu ciclo for de 30 dias, você deve somar 16 dias e assim por diante.

O dia resultado dessa soma será o período aproximado da sua ovulação, ou seja, será o seu período fértil.

Porém é bom estar ciente de que este método não é tão confiável. Isso porque o nosso corpo não é uma maquina exata e o ciclo menstrual pode variar de mês para mês.

De qualquer maneira, este é mais um artifício que as mulheres que desejam engravidar podem utilizar. Boa Sorte!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Múltipla exposição à anestesia pode dobrar os riscos de déficit de atenção em crianças

Foram pesquisadas crianças expostas duas ou mais vezes à anestesia antes de completarem três anos de idade...

TDAH: dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção apontam que cerca de 3% a 5% das
Crianças que foram expostas a anestesias por mais de duas vezes antes dos três anos de idade têm o dobro de chances de desenvolverem o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). A pesquisa, feita por profissionais da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, acaba de ser publicada no periódico Mayo Clinic Proceedings.

No levantamento, foram analisados dados de um estudo epidemiológico com crianças nascidas entre 1976 e 1982 em Rochester, nos Estados Unidos. Determinou-se, então, quais crianças haviam desenvolvido algum tipo de deficiência de aprendizado ou TDAH nos anos letivos.

Foram encontrados 341 casos de TDAH entre os jovens que tinham menos de 19 anos. Os pesquisadores separaram, então, aqueles que haviam sido expostos à anestesia e à cirurgia antes de completarem três anos de idade. As crianças que não haviam recebido anestesia ou feito algum tipo de cirurgia tinham TDAH em índices de 7,3%. As taxas para aquelas que tinham passado apenas uma vez por alguma das situações era praticamente a mesma.

Mas, para aquelas crianças que tinham tido duas ou mais exposições, os índices de TDAH pulavam para 17,9%. “É importante frisar que esse é um estudo observacional. Um grande leque de outros fatores pode ser responsável pela alta frequência de TDAH nas crianças com múltiplas exposições”, diz David Warner, anestesiologista pediátrico da Clínica Mayo e membro da equipe de pesquisadores. Segundo o especialista, é necessário que estudos posteriores confirmem e destrinchem melhor a descoberta.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Número de crianças obesas aumenta no Brasil.



 Shutterstock
Com que idade as crianças começam a ter problemas com a balança? Uma nova pesquisa mostrou que isso acontece cedo: o número de brasileiros de 5 a 9 anos comobesidade e sobrepesoestá aumentando. Os dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram analisados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Para se ter uma ideia: 16,6% das meninas e 11,8% dos meninos nessa faixa etária estão obesos. Já em relação ao sobrepeso, os atingidos são 34,8% dos garotos e 32% das garotas. 

Quando comparado aos índices de 1989, dá para perceber como a situação se agravou. Naquele ano, as crianças obesas representavam 4,1% dos meninos de 5 a 9 anos e 2,4% das meninas. Mas, afinal, por que esse aumento ocorreu? Existem diversas tentativas de explicá-lo. “Nessa idade, as crianças têm livre acesso às guloseimas”, explica Marcelo Reibscheid, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz (SP). “Elas já vão sozinhas à despensa, por exemplo." E também podem comer o que não devem na escola, na casa do amigo, etc. Outro motivo que causa o aumento de casos de obesidade infantil é a falta de disponibilidade dos adultos. “Atualmente, os pais não têm tempo para acompanhar a refeição das crianças, porque trabalham muito”, relata Reibscheid. E isso facilita a ingestão de frituras e comidas prontas, por exemplo.
O endocrinopediatra Eurico Mendonça, do Hospital Infantil Sabará (SP), concorda. "Como são os adultos que controlam a alimentação dos pequenos, principalmente nesta fase em que a obesidade mais cresce em nosso país, não é difícil identificar quem está errando nesta história”, alerta. De acordo com o especialista, além da maior oferta e variedade de guloseimas calóricas, os pais resistem em enxergar os quilos extras nos filhos.

Como evitar que as crianças engordem 
A melhor forma para orientar a alimentação ainda é pelo exemplo. “Refeições em família, preparo da comida com a ajuda das crianças e mudança de hábitos envolvendo os moradores de uma mesma casa costumam ser eficazes na guerra contra a balança ainda na infância”, recomenda Mendonça. Não tem jeito: a família inteira tem de seguir uma dieta balanceada. 

O pediatra Reibscheid, que tem dois filhos, dá outra dica que ele próprio já testou: nada de comprar guloseimas em quantidade. "Lá em casa, só compramos doces aos finais de semana", conta. Assim, quando os pais não estão por perto, as crianças não caem na tentação de atacar a geladeira. 

 
A obesidade traz muitos problemas na infância, você já sabe. “Os gordinhos costumam ser vítimas de bullying. Além disso, vão ter tendência a ser obesos na adolescência”, explica o pediatra. “Esses jovens com sobrepeso ou obesos são pequenas bombas-relógios para as temidas doenças cardiovasculares. Desde a infância podem apresentar os fatores de risco para as doenças cardiovasculares do adulto, como colesterol elevado, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial”, completa Mendonça. 

Por isso, além de cuidar da alimentação do seu filho, estimule-o a praticar atividades aeróbicas (esportes e brincadeiras estão incluídos aqui!) pelo menos três vezes por semana. Assim, ele vai ficar de fora dessa terrível estatística. Fica a dica...