quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um pouquinho de sujeira faz bem à saúde... "das crianças..."






Você é maníaca por limpeza e, munida de água e sabão, mantém seu filho isolado do mais ínfimo vestígio de sujeira. Atitude exemplar, certo? Depende. O assunto é controverso e quem instiga a polêmica são cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Eles acabam de publicar, no aclamado periódico Science, um experimento com cobaias que sugere que o contato com micróbios na infância é importante para fortalecer o organismo contra doenças inflamatórias. Partindo dessa hipótese, os pesquisadores criaram ratos em um cativeiro esterelizado, completamente livre de germes. “Esses bichos se tornaram mais suscetíveis a inflamações no intestino e asma”, revela, em entrevista ao site do Bebê, Richard Blumberg, um dos líderes do experimento. “Ao analisar seu sistema de defesa, notamos  uma quantidade aumentada de algumas células. O acúmulo indica uma resposta imune exagerada à presença de micro-organismos, o que estaria por trás das crises inflamatórias”, esclarece. Mas, bastou incluir roedores normais no convívio das fêmeas prenhas que os filhotes nasceram mais resistentes.
Para mostrar que os resultados provavelmente também se aplicam a seres humanos, Blumberg citou outro estudo alemão que comparou crianças criadas em fazendas–em contato frequente com animais (e germes)– com outras que viviam nas cidades. “A exposição a micróbios impactou em um menor número de episódios inflamatórios no primeiro grupo”, afirma o cientista.
E não adianta protelar o embate com os inimigos para a fase adulta. “A infância é a única oportunidade de educar o sistema imunológico a reagir de maneira equilibrada”, reforça Blumberg. Mas, que fique claro: ninguém está propondo que você descuide dos hábitos de higiene. Basta deixar a neura de lado e se conformar com o fato de que crianças pequenas colocam, vez ou outra, os brinquedos na boca, depois de esfregá-los no chão. Resta contar com o consolo de que nem sempre os seres microscópios trazem prejuízos. Pelo contrário!
"Fica a dica..."

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Como lidar com a timidez do seu filho.





É normal ele ficar inseguro e com vergonha, em situações novas. Mas, quando o receio demora a passar, a criança pode precisar de um pouquinho mais de atenção

Seu filho tem todo o direito de ser mais quietinho – e isso não é, necessariamente, motivo de preocupação. Cada criança tem um tipo de temperamento, e é preciso respeitar a personalidade do pequeno, sem exigir que ele aja da forma que você espera. “Há crianças introvertidas e crianças extrovertidas. São características psicológicas de cada um, e é um erro considerar que um padrão de comportamento é melhor do que o outro”, diz a psicóloga clínica Marina Costa, de São Paulo.

Mas, quando a criança é excessivamente retraída e começa a demonstrar dificuldades para se relacionar, vale observá-la com mais cautela – e tomar medidas para ajudá-la a ficar mais à vontade. “É preciso, antes de qualquer coisa, detectar as ocasiões em que a criança demonstra timidez”, ensina a psicóloga Leila Salomão, da Universidade de São Paulo.

No início do ano letivo, por exemplo, é comum que os pequenos fiquem apreensivos e demorem um pouco até se acostumarem à nova rotina, aos professores e aos coleguinhas. O simples fato de ser deixada pela mãe na escola promove angústia na criança, especialmente na fase dos 3 aos 4 anos, em que está mais atenta ao que acontece ao redor. “Ela precisa de algum tempo para se sentir segura”, explica Leila.

Mas, e se o tempo passar e a timidez persistir? “Se a criança, que já estava se adaptando, se isola ou muda de comportamento repentinamente, é possível que haja algum gatilho pontual. Uma dificuldade de relacionamento com algum coleguinha, por exemplo”, afirma Leila Salomão. Se a inibição for grande, acabará prejudicando o desempenho escolar. A criança pode começar a evitar falar em voz alta na sala de aula, fugir de trabalhos em grupo e até sofrer nas aulas de educação física.

Comunicação com a escola
Nesse cenário, a escola tem um papel fundamental. Cabe ao professor observar a reação dos pequenos às várias situações do dia a dia e verificar em quais momentos eles se sentem mais ou menos à vontade – e, aos pais, acompanhar isso de perto. “É imprescindível que participem, ativamente, da vida escolar do filho”, diz Marina Costa. A timidez está associada à insegurança e uma criança insegura precisa sentir que seus professores e, especialmente, seus pais confiam nela e valorizam seu potencial.

E, além de um ambiente que favoreça a autoestima, os pequenos se beneficiam de bons exemplos. Não dá para cobrar desenvoltura do filho se os próprios pais se acanham ou fogem de situações sociais. “Uma criança tímida, criada em uma família com pais extrovertidos, tende a perder o medo de se relacionar com mais rapidez. Quando o contexto é o contrário, ela pode ficar ainda mais tímida”, avisa Marina Costa.

O que mais você pode fazer
Em um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, pesquisadores constataram que os filhos de mães estressadas e solitárias apresentavam maiores dificuldades de socialização. Ou seja, é essencial pensar em como você está se comportando e em como suas ações refletem em seu filho. A superproteção também pode ser um perigo. Se você é do tipo que escolhe a roupa da criança e demonstra preocupação excessiva, está estimulando a dependência e a insegurança.

Dar oportunidades para a criança tímida descobrir e escolher o que gosta é uma das boas maneiras de estimular seu convívio social. “Respeite as opções so seu filho e evite fazer críticas ao seu comportamento. Compará-lo com outras crianças só faz com que ele se torne ainda mais tímido e inseguro, prejudicando sua autoestima”, alerta Leila.

Da mesma forma, evite forçar o pequeno a qualquer atividade e procure não colocá-lo em situações constrangedoras, imaginando que o choque o levará a vencer seus receios, de uma vez por todas. “A melhor receita para ajudar uma criança a vencer a timidez é ir devagar, respeitando seus limites”, opina Leila. “Converse bastante, dê apoio, mostre o que ela tem a ganhar sendo menos acanhada”, ensina. Outra dica é prepará-la para as situações potencialmente assustadoras, explicando, ponto a ponto, o que está para acontecer, evitando surpresas. Assim, aos poucos, o medo excessivo deve ir se dissipar.

Apoio psicológico
Mas... E se não passar? E como saber se a situação é séria o bastante para buscar aconselhamento profissional? “A medida é o sofrimento. Há casos em que a criança tem dor de barriga, passa mal, tem crises de choro”, explica Leila Salomão. O natural é a criança querer estar na companhia de amigos. Se ela não consegue, com certeza sofre com isso e precisa de apoio para vencer seus problemas. Então, vale procurar ajuda.

“Algumas crianças chegam a apresentar sintomas de pânico, fobia social ou outras patologias, após vivenciarem situações adversas”, diz Marina Costa. “Mas, os pais devem olhar para os filhos de perto, antes de se renderem a diagnósticos que, talvez, não procedam. As diferenças são o que tornam cada indivíduo único e as tentativas indevidas de correção podem trazer consequências negativas no futuro”, conclui.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

16 Mitos e verdades da gestação.




Formar uma nova vida é a coisa mais formidável que uma pessoa pode fazer, o que não significa que as mulheres não ficam nervosas com isso. Para ajudar a esclarecer algumas questões que insistem em rondar o tema gravidez, três obstetras da Califórnia, nos Estados Unidos, decidiram escrever o livro "O último guia para mães sobre gravidez e nascimento", numa tradução livre.
Os médicos Yvonne Bohn, Allison Hill e Alane Park que também apresentam um programa chamado "Deliver Me" no Discovery. Para lembrar o Dia das Mães, a revista "Time" pediu aos três para fazer uma lista dos principais mitos sobre gravidez, alguns dos quais são propagados em livros populares sobre o tema. Confira a lista e veja o que é verdade e o que é mentira:

Mito 1:
Manteiga de cacau previne estrias. Falso. Na verdade, usar manteiga de cacau torna a pele da mulher mais sensível, e algumas têm reações alérgicas. 

Mito 2:
Grávidas não podem viajar de avião durante o primeiro e o último trimestre de gestação. Falso também. Você pode viajar de avião sempre que quiser. Algumas companhias aéreas não vão aceitá-la no último trimestre, mas isso tem mais a ver com medo de você entrar em trabalho de parto durante a viagem.

Mito 3:
Você não pode ter contato com gatos de estimação durante a gravidez. Falso. No entanto, a gestante não deve trocar a caixa de areia do felino por causa do risco de toxoplasmose pelo contato com as fezes. 

Mito 4:
Grávidas não devem comer salmão defumado. Falso. Salmão faz bem para as gestantes. É rico em ácidos graxos ômega 3, como o DHA, que estudos mostram ter uma variedade de benefícios para mulheres grávidas e seus fetos. Salmão é um peixe de água fresca, então a probabilidade de contaminação por mercúrio é baixa. 

Mito 5:
Você não pode comer sushi. Mentira. Sushi é permitido, exceto quando de cação, peixe-espada e tubarão, que podem conter altos níveis de mercúrio. E também não é bom comer muito atum, pelo mesmo motivo. Dois rolls por semana seriam suficientes. 

Mito 6:
Cachorro quente também proibido? Falso! Salsichas também estão liberadas, desde que bem cozidas. 

Mito 7:
Pintar o cabelo faz mal para o bebê. Errado de novo. 

Mito 8:
Você não deve ter relações sexuais enquanto estiver grávida: Falso! A não ser que você tenha algum problema específico e seu médico lhe dê uma orientação especial sobre isso.

 Mito 9:
Banhos quentes na gravidez fazem mal. Verdade. Você deve evitar saunas, jacuzzis ou qualquer coisa que eleve a temperatura do seu corpo a mais de 38 C. 

Mito 10:
Grávidas não devem tomar café. Falso. Não exagere, mas uma xícara por dia não fará mal a seu bebê.

Mito 11:
Você não deve beber durante a gravidez. Verdade, mas com uma ressalva. O Colégio Americano de Obstetrícia adverte as mulheres a ficarem longe do álcool, mas pelo menos um grande estudo britânico realizado recentemente sugere que dois drinks por semana durante a gravidez podem não fazer estrago. 

Mito 12:
Mulheres grávidas devem dormir viradas para o lado esquerdo. Falso. 

Mito 13:
A posição do bebê no ventre pode indicar o sexo. Mentira! Além disso, a linha na pele repuxada embaixo do umbigo não indica se seu bebê é menino ou menina. Não dá para saber de nada disso fora do útero.

 Mito 14:
Mulheres grávidas precisam comer por dois. Infelizmente, mentira. Carregar um bebê só exige 300 calorias a mais que o normal por dia. Se você comer por duas pessoas, acabará tendo um bebê maior, que lembra uma outra fábula sobre bebês...

Mito 15:
Um bebê maior é um bebê melhor. Falso. Em média, os bebês pesam 3,4 kg. Bebês muito maiores que isso são mais propensos a sofrer de diabetes e obesidade na vida adulta. 

Mito 16:
Beber cerveja preta ajuda a mulher a ter mais leite. Mentira. Pode ajudar a mãe a relaxar e, embora isso ajude na liberação de leite, não tem nada a ver com a cevada na cerveja. Além disso, uma cerveja pode ser boa para o bem-estar mental da mãe.

Fica a dica...