quarta-feira, 23 de maio de 2012

COISAS QUE TODA MÃE DEVE SABER...






Diz o ditado popular que 'mãe sabe tudo'... o que não é exatamente verdade, mas às vezes é o que elas acham. Depois de dois meses de choro, qualquer mãe que se preze já identifica fome, dor ou manha. Logo vem o marido com azia, a irmã com um arranhão ou o sobrinho com dor de barriga. No fim das contas, são as mulheres que assumem o comando da recuperação dos membros da família, se tornando verdadeiras dublês de enfermeiras.
A publicitária Karina Veloso confessa: é um misto de farmacêutica, médica, mãe e esposa. Qualquer caso de espirro, contusão ou dor de cabeça por parte dos três filhos ou do marido vem parar sob seus cuidados. "Às vezes, estou no trabalho, e as crianças ligam reclamando de dor no pé, mancha roxa, pontada não sei onde... Meu marido a mesma coisa, vem sempre pedir um remedinho pra dor de cabeça, pro estômago. Ele já está careca de saber o que tomar, mas gosta que eu dê a ele", conta.
Esse papel cuidadoso e carinhoso não é algo cumprido exclusivamente pela força das circunstâncias. A gerente de loja Alessandra Nogueira, mãe de Tiago, 7 anos, e mulher do vendedor Fábio Nogueira, garante que essa espécie de sina lhe dá prazer. "Cuidar é bom, é instintivo da mulher, e isso se reforça pela tradição de comportamento. Na minha casa, quando era solteira, era a mesma coisa: minha mãe quem cuidava de todo mundo", lembra ela.
Medicina caseira
Os cuidados com a saúde dos familiares fazem com que essas mulheres adquiram um conhecimento empírico da medicina. No entanto, a orientação médica continua sendo a melhor solução para todos os casos. "Minha filha mais velha, quando era criança, sofria horrores de gases. Eu inventava mil massagens, dava vários chás. Mas a verdade é que, com as minhas técnicas, ela nunca melhorava. Até que o pediatra me chamou a atenção para a alimentação lá de casa", diz a bancária Mônica Sá.
A manutenção da saúde também é uma preocupação constante. Afinal, qual mãe não tem sempre uma vitamina esperta para receitar ao filhote? Mas, segundo os médicos, esse cuidado é desnecessário e até perigoso, pois a boa alimentação continua sendo a verdadeira chave para a saúde. "É errado ministrar esses complexos sem a indicação e a orientação médica. Existe a associação de ideias entre vitaminas e saúde forte e de que elas nunca são demais. Isso não é certo. Vitaminas em excesso podem causar complicações, que muitas vezes só são percebidas quando viram efetivamente um problema. Sem contar que essa prática é uma automedicação", alerta o clínico-geral Rodrigo Lapa.
Todo cuidado é pouco mesmo
Sabemos que a intenção é a melhor possível. Mas, quando o assunto em pauta é remédio, somente o médico pode opinar. A pediatra Ana de Freitas já perdeu a conta de quantos pacientes atendeu com problemas decorrentes do uso indiscriminado de medicamentos. "É preciso ter muito cuidado, principalmente com as crianças. Os riscos estão relacionados tanto à composição quanto à dosagem. Aquela história de pegar um analgésico de adulto, partir ao meio, e dar à criança não é uma prática muito responsável. Com os pequenos, o médico deve ser sempre contatado, nem que seja com um rápido telefonema", reforça.
E por falar em cuidados com a saúde, a pediatra Ana Freitas chama a atenção para um personagem deixado de lado nos últimos tempos: o médico de família. Ele ficou esquecido nessa época de plano de saúde e mercantilização de serviços mas continua sendo um profissional indispensável. "É um profissional próximo e mais confiável, conhece a saúde e os hábitos de todos da casa desde muito tempo. Ele tem menos chances de receitar um medicamento que vá causar alergia, de dar orientações que não se enquadrem à rotina e às condições gerais do paciente, além de poder dar um diagnóstico mais preciso", lembra ela.
Manual dos cuidados domésticos
1. As queimaduras são acidentes domésticos bastante comuns. A primeira providência que a mãe deve tomar é lavar imediatamente o local com água fria e corrente, deixando a área afetada alguns minutos na água para diminuir a temperatura. Depois, deve-se avaliar a lesão e tentar classificar a queimadura.
2. Mantenha sempre medicamentos e produtos de risco fora do alcance das crianças. Mas, em caso de intoxicação provocada por algum produto químico, procure o vidro ou a caixa em que ele se encontrava. Normalmente, você poderá encontrar aí informações importantes, como: substâncias que compõem o produto e o antídoto apropriado. Procure também levar ao médico a substância tóxica em seu recipiente ou frasco original. E, se o envenenamento foi causado por plantas, tente levar uma amostra.
3. Em casos de febre alta, não coloque seu filho diretamente embaixo da água gelada. Pode ocorrer um choque térmico. A temperatura da água deve ser resfriada gradualmente.
4. Lave os arranhões com água corrente e sabão de coco, enxugue com uma toalha limpa e aplique o anti-séptico que usa normalmente.
5. Não deixe de colocar um saquinho de gelo nos hematomas.
6. No caso das pancadas na cabeça, é comum aparecer edemas (inchaço), latejamento e uma pequena saliência, conhecida como galo. Para diminuir esses sintomas, aplique um saco com gelo. Mas se em 24 horas seu filho desmaiar ou apresentar sangramentos, vômitos, dor de cabeça, sonolência acentuada, apatia ou irritabilidade, peça ajuda médica.
7. Nunca ministre remédios sem o conhecimento de seu médico

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